O apóstolo Paula inova. Na «Primeira Epístola aos Coríntios» (11, 5-10), escreve que nas assembleias, os homens devem descobrir-se, e as mulheres, cobrir-se. «E toda a mulher que reza ou profetiza, com a cabeça descoberta, desonra a própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. Se uma mulher não se cobrir, corte também os cabelos. E se é vergonha para a mulher ter os cabelos rapados, então que se cubra.» E porque a mulher foi criada para o homem, «a mulher deve trazer sobre a sua cabeça um sinal de sujeição, por causa dos anjos.»
As mulheres devem calar-se nas assembleias.
Velar-se se profetizam. Velar-se em sinal de dependência: «A mulher fica portanto obrigada a usar na cabeça um sinal de autoridade.»
(pag 58)
MICHELLE PERROT
CRIME OU CASTIGO?
DA PERSEGUIÇÃO CONTRA AS MULHERES ATÉ À DESPENALIZAÇÃO DO ABORTOELAS SOMOS NÓS

"A exposição pública, vexatória e desumana em que os julgamentos lançaram estas mulheres foram sentidas, por grande parte da população, como uma violência colectiva. Estes julgamentos provocaram o sentimento de que elas somos nós e creio que esse factor terá contribuído decisivamente para uma alteração na forma de pensar ajustiça ou injustiça da lei que regula o aborto."
pag 47
ANDREA PENICHE
Sem comentários:
Enviar um comentário